A capacitação em mídias digitais tem-se mostrado uma estratégia essencial para as organizações ambientais que buscam ampliar seu alcance e promover a conscientização sobre questões ambientais. A presença nas plataformas digitais, como Instagram, Twitter, Facebook e LinkedIn, não apenas oferece maior visibilidade para as causas ambientais, como também fortalece a capacidade dessas entidades de influenciar a opinião pública e mobilizar apoio.
No entanto, muitas enfrentam um desafio significativo: a falta de capacitação interna para utilizar essas ferramentas de maneira eficaz. A produção de conteúdo relevante, a análise de dados para medir o impacto das campanhas e a criação de uma estratégia de comunicação integrada são competências essenciais para maximizar os resultados nas mídias digitais. Sem essas habilidades, o potencial das plataformas não é totalmente aproveitado, prejudicando a eficácia das ações.
A Associação Moçambicana de Reciclagem (AMOR), no âmbito do projecto “Eco Civismo Moçambicano”, tem capacitado diversas organizações em áreas relacionadas à protecção do meio ambiente. O objectivo é desenvolver a governança ambiental nas Organizações da Sociedade Civil (OSC’s) e promover sua participação nas decisões do Estado para a proteção do meio ambiente. Diante dos desafios enfrentados por essas entidades para promover suas causas, a AMOR destaca a importância do uso das redes sociais, mesmo para organizações locais com recursos limitados.
Nesta sexta-feira, a AMOR capacitou mais de 10 organizações ambientais em Pemba, na província de Cabo Delgado, em Gestão de Mídias Digitais. Muitas dessas entidades ainda não estavam plenamente conscientes da importância de sua presença nas redes sociais.
De acordo com a facilitadora Dália Langa, essa capacitação é uma prioridade para garantir que as ações ambientais ganhem visibilidade e gerem impacto. Langa destacou que muitas organizações não compreendiam como as redes sociais poderiam ser ferramentas estratégicas para fortalecer campanhas, aumentar o alcance das mensagens e envolver mais pessoas nas causas. Com o treinamento, ficou claro que, mesmo com poucos recursos, é possível criar contas e usar as redes de forma eficaz, alcançando resultados significativos.
Para o presidente da UAPDSH, a criação de sinergias entre organizações ambientais pode ser uma estratégia poderosa para ampliar o impacto nas redes sociais. A AMEC Rural, uma organização local que já utiliza essas plataformas com sucesso há anos, também defende que as entidades ambientais devem se apoiar mutuamente na promoção de seus trabalhos.
Como resultado, as organizações comprometeram-se a seguir as orientações e criar suas próprias contas, com o objetivo de integrar as redes sociais como uma ferramenta essencial para aumentar a visibilidade de suas ações. Este movimento representa um passo significativo para garantir que as causas ambientais ganhem maior atenção e que suas ações, frequentemente locais, possam alcançar um público global, unindo pessoas e instituições em torno da proteção ambiental.
Durante a formação, as organizações participantes trocaram os links de suas contas nas redes sociais. O objetivo é que possam seguir-se mutuamente, criando uma rede de apoio e visibilidade. Além disso, comprometeram-se a compartilhar as publicações umas das outras sempre que fosse realizada alguma divulgação, ajudando a amplificar o alcance das ações de cada uma.